Você é bibliotecário e está desempregado?

VOCÊ É BIBLIOTECÁRIO E ESTÁ DESEMPREGADO?

É possível apontar algumas demandas que os bibliotecários podem empreender por meio da prestação de serviços na área de gestão da informação além do espaço biblioteca-centro de documentação aplicando/adaptando conhecimentos aprendidos na graduação e buscando se especializar pós-formado. O segredo é pensar fora da caixa e ir além do que estamos acostumados. Ter visão estratégica do mercado e desenvolver competências para tal.
Nichos como pesquisas de mercado, desenvolvimento de aplicativos, programas, sistemas de informação, monitoramento de publicações e fontes especializadas (inteligência competitiva), projetos de memória institucional, editoração eletrônica, gestão eletrônica de documentos, arquitetura da informação na web, gestão de dados científicos, personal organizer, gestão de processos, redação e pesquisas de patentes, organização de prontuários médicos, entre outros que serão citados e explorados a seguir.
No caso da pesquisas de mercado, é uma importante ferramenta para obter informações precisas sobre um produto, serviço, mercado ou público-alvo pois ajudam as empresas na tomada de decisão e/ou planejamento de algo com valor agregado para seus clientes. O bibliotecário conhece fontes de informação e sabe como recuperar a informação para poder realizar uma análise ou somente entregar os dados coletados para quem precisa.
No desenvolvimento de aplicativos, programas, sistemas de informação, mesmo que o bibliotecário não tenha conhecimentos específicos nessa área, ele pode contratar um profissional para ajudar no desenvolvimento para atender esse nicho. Muitas empresas atualmente tem necessidade de organizar as informações em sistemas próprias que permitam a completa recuperação. Nesse caso, o bibliotecário com conhecimento especializado em linguagens documentárias, indexação, metadados, padronização de termos, construção de vocabulários, entre outros que serão muito úteis nesse caso específico.
Outro nicho é a prestação de serviços para monitoramento de publicações e fontes especializadas, também chamado de serviço de inteligência competitiva, em que o bibliotecário usará todos seus conhecimentos voltados para pesquisa, principalmente em fontes científicas e tecnológicas, para coletar dados que possam ser usados por empresas na concepção de novos produtos e serviços.
Muitas empresas e organizações governamentais tem o interesse em projetos de memórias institucionais, não somente para registro e preservação de informações sobre a própria instituição e seus produtos, como também para promover a visibilidade da marca e fortalecimento de seu mercado. É comum encontrar historiadores e arquivistas que atuam nesse nicho, porém o bibliotecário também tem competência para gerir essa atividade.
A editoração eletrônica em portais de periódicos científicos ou mesmo em revistas comerciais é outro campo que oferece muitas possibilidades de atuação para bibliotecários prestarem serviços, visto que podem aplicar seus conhecimentos na organização, padronização, recuperação, tratamento e preservação destas informações. Por terem conhecimentos em programas de plágio, normalização e indexação dos artigos em bases de dados, os bibliotecários podem prestar esse serviço para diferentes instituições.
Outra oportunidade que destaca-se é gestão eletrônica de documentos, principalmente nas empresas, que há necessidade real de organizar os documentos produzidos e recebidos para facilitar suas rotinas e processos organizacionais que demandam o uso das informações contidas nesses documentos. É perceptível a atuação de arquivistas nesse espaço, porém nada impede a atuação de bibliotecário visto sua formação.
A gestão e mapeamento de processos também pode ser realizada por bibliotecários que sabem muito bem coletar e organizar as informações de atividades, insumos, entradas e saídas para desenhar e modelar processos facilitando o fluxo informacional nas empresas por meio do uso de ferramentas e softwares como é o caso do Bizagi que auxilia na organização das atividades e tarefas dos setores em uma instituição, principalmente para reorganizar as atividades, profissionais envolvidos, reduzir custos e tempo de determinadas atividades.
Outra área que tem crescido muito e vemos vários tipos de profissionais atuando por ser multidisciplinar é como “personal information” ou “personal organizer” que está relacionado a uma consultoria na organização, seja de objetos ou de informação. É possível perceber a importância da atuação desse profissional na organização e atualização de informações no currículo lattes, em caixas de e-mails ou mesmo para organização de informações para elaborar relatórios de pesquisa, relatórios de viagens de estudos, de memoriais descritivos, de relatórios de estágios probatórios (nicho professores e pesquisadores), entre outras demandas existentes tanto no ramo empresarial quanto educacional.
A área de arquitetura da informação também oferece espaço para bibliotecários atuarem no que diz respeito à organização e curadoria de conteúdos na web. É importante que essas plataformas estejam estruturadas, acessíveis, padronizadas para facilitar a busca e usabilidade da informação. O bibliotecário pode contribuir muito categorizando e disponibilizando as informações de uma forma que agregue valor na recuperação e traga vantagem competitiva para os negócios de uma empresa, como é o caso dos sites de comércio eletrônico. O profissional pode se especializar nessa área, montar uma equipe e atender várias empresas que atuam com comércio eletrônico ou mesmo em sites governamentais que precisam ter as informações organizadas para facilitar o acesso, disseminação e recuperação. Além de sites comerciais, tem intranets das instituições, softwares e comunidades online que requer a estruturação de todas as informações disponíveis nesses ambientes. É necessário se especializar nessa área e aprofundar conhecimentos porque a função principal de um arquiteto da informação é a chamada “User Experience Design (ou UX designer), ou seja, o profissional que pensa na experiência que o usuário terá quando interagir com as plataformas ou mesmo algum produto digital.
Também é possível se especializar em outros nichos de mercado que envolvem tendências na ciência e tecnologia. Um é a redação e pesquisas de patentes e outro é a gestão de dados científicos.
No que tange as patentes, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e a Fundação Getúlio Vargas oferecem capacitações nessa área. É comum perceber em inventores e pesquisadores a dificuldade em mapear produtos ou protótipos em bases de dados especializadas, assim como redigir e registrar uma patente, levando a perda de tempo e de também onerando os custos envolvidos nesse processo. O bibliotecário com seu conhecimento nessa área de fontes e recursos de informação tem muito espaço para atuar nesse nicho se especializando e prestando serviços para esse público-alvo. Registrar uma invenção no Brasil garante vinte anos de exploração comercial, ou seja, tem vantagens nesse processo e espaço para bibliotecários atenderem essa demanda.
Outra oportunidade nessa área de ciência e tecnologia é a prestação de serviços para pesquisadores em relação aos dados de pesquisas coletados, principalmente para institutos de pesquisas que geram dados quantitativos em grande escala. A ciência produz uma quantidade cada vez maior de dados que são utilizados em vários estudos e pesquisas, é preciso gerir e integrar esses dados por meio da criação de sistemas estruturados. Pesquisadores de carreira com dedicação exclusiva muitas vezes não sabem como organizar, preservar ou mesmo tratar os dados coletados e abre um outro nicho de atuação para bibliotecários para gerenciar plataformas de compartilhamento de dados entre diversos pesquisadores inclusive. Silva (2016) apresenta várias ações de apoio que os bibliotecários podem prestar serviços para elaborar um projeto de ciclo de vida para os dados científicos pois exige soluções de planejamento que incluem conhecimentos específicos sobre a escolha do repositório e técnicas de armazenamento para a conservação e o uso permanente dos dados como chave para o êxito de um projeto de pesquisa.
A prestação de serviços na área de gestão da informação também pode ser especializada para determinados campos, como é o caso da área da saúde ou em escritórios jurídicos e contábeis. Em ambos casos, o bibliotecário pode abrir sua empresa, capacitar uma equipe e realizar esse tipo de serviço para vários escritórios ou clínicas.
No caso da área da saúde, os medicos necessitam muitas vezes lutar contra o tempo para realizar diagnósticos ou ter acesso a exames feitos para facilitar a tomada de decisão na escolha de algum tratamento ou medicamento aos pacientes. Tendo essas informações registradas em um sistema que possibilite, inclusive acesso online, a prontuários, receitas, exames e outras informações sobre a vida do paciente facilita o processo e pode salvar vidas. No caso de escritórios jurídicos ou contábeis, ter as informações atualizadas de jurisprudências, projetos de leis em andamento, publicações em diário ofcial no ramo de atuação específico de escritório, legislação, entre outras informações pertinentes ao nicho do escritório facilita a elaboração de um processo, defesa ou acusação de um réu, ganho ou perda de causas judiciais, otimiza recursos e tempo, entre outras vantagens que a efetiva gestão da informação pode contribuir.
Em plena sociedade da informação, é quase que inadmissível não pensar em explorar mercados de empresas privadas que necessitam de profissionais com competência para realizar a efetiva gestão da informação em seus ambientes visto que a organização e recuperação plena desta contribui com qualidade dos serviços prestados pela empresa, otimiza recursos, agrega valor à marca e também garante a competitividade frente aos concorrentes.
O atual mundo do trabalho exige um perfil profissional diferenciado e que esteja atento às mudanças, demandas e oportunidades para empreender, dessa forma a criação de um negócio na área de informação por um bibliotecário precisa ser focado em serviços voltados para demandas específicas do mercado e da sociedade em si.
Em recente levantamento, foram encontradas em torno de sessenta empresas criadas por profissionais da Biblioteconomia que prestam serviços nas mais diferentes áreas:

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Fonte: Facebook Dani Spudeit

Disponível em: 《www.facebook.com/danispudeit》Acesso em: 30 de janeiro de 2018.

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